quarta-feira, 4 de abril de 2012

TESTE BMW K1600 GTL

A proposta alemã para uma moto turismo é diferente do que os americanos desenvolveram e que os japoneses procuraram melhorar. A proposta básica é simples: tudo e um pouco mais para conforto e desempenho em estradas. Só que os alemães da BMW incluíram nesta receita um pouco mais de esportividade sem abrir mão de todo o resto. Na K 1600 GTL é assim, tanto quanto já era na K 1300 GT, mas agora tudo superlativo, com muito mais conforto, muito mais performance e também muito mais peso por causa de um motorzão de seis cilindros em linha.
A BMW K 1600 GTL lançada na África do sul em 2011 reúne importantes conquistas tecnológicas num só produto 
Sabe aquela sensação de andar numa limusine? Pense em alguma coisa que possa ter numa moto e provavelmente você encontrará nesta classe de motocicleta – touring – mas que algumas delas vão um pouco além e formam uma superclasse de moto que poderia ser denominada como supertouring. Junto com a BMW K 1600 GTL estão a Honda Goldwing, a Kawasaki Concours e a Harley-Davidson Ultra-Classic Electra Glide também.

Sabe aquela sensação de andar numa limusine? Pense em alguma coisa que possa ter numa moto e provavelmente você encontrará nesta classe de motocicleta – touring – mas que algumas delas vão um pouco além e formam uma superclasse de moto que poderia ser denominada como supertouring. Junto com a BMW K 1600 GTL estão a Honda Goldwing, a Kawasaki Concours e a Harley-Davidson Ultra-Classic Electra Glide também.
Naturalmente estas motos quase artesanais são feitas para uma raríssima classe de clientes. Em 2011, por exemplo, houve praticamente um empate entre Honda e BMW, mas nos dois primeiros meses de 2012 a BMW parece ter conquistado a preferência dos consumidores. Na realidade, isso ainda pode ser fruto da tragédia do tsunami do ano passado no Japão, que paralisou a produção da Honda. Este é um universo de 117 motos vendidas em 2011: 57 BMW K 1600 GT/GTL e 60 Honda Goldwing GL 1800.
Exclusividade total, daquelas que todos param para olhar mesmo. É esta moto que traz uma extensa lista de equipamentos e funcionalidades e que há pouco mais de um ano foi apresentada mundialmente pela BMW.  Naquela ocasião já se verificou que a fábrica havia adicionado muita tecnologia no projeto. O farol adaptativo foi incorporado a outras características técnicas presentes nesse modelo como a suspensão ativa ESAII, controle de tração e o ABS de última geração.
Há quem se pergunte: uma moto deste tamanho e com todas estas funcionalidades, equipamentos e tecnologia, não seria melhor ter um carro de luxo? A resposta só pode ser dada após andar na moto. É provável que as respostas sejam apenas duas: ela reúne o melhor dos dois mundos ou o pior dos dois mundos. Que mundos? Dos carros e das motos. Na verdade a BMW K 1600 GTL tem tantos detalhes teconológicos para serem mostrados, que decidimos abordá-los separadamente em outra reportagem para que sejam melhor compreendidos.

Na Cidade
* * * * *
Ela é pesada. Uma moto para se dar bem na categoria turismo tem que oferecer conforto e acaba por ser assim. Muito equipamento deve ser transportado e por isso demanda mais massa. No trânsito o peso é sensível, tanto em baixa velocidade quanto nas manobras de garagem ou no estacionamento. Porém com alguma velocidade já se percebe uma maneabilidade acima do normal para uma moto desse porte e isso passa muita confiança. O guidão largo precisa de espaço maior para passar e as malas laterais demandam cuidado também. Mas mantendo atenção a esses detalhes andar com a K 1600 GTL na cidade não é tão difícil quanto pode parecer. A ciclística é muito bem resolvida e com a suspensão Duolever na dianteira a geometria não se altera nas frenagens e isso dá mais confiança para fazer as manobras rápidas, necessárias na cidade.

Na Estrada
* * * * *
O enorme conforto e performance do motor torna tudo melhor nas estradas. Mostra que foi para isso que ela foi projetada e não importa a condição da rodovia. Desde o asfalto liso e bem tratado de uma AutoBahn até uma estrada vicinal que te leva a uma fazenda no interior. Há vários modos de seleção para a suspensão que tem sempre uma opção para oferecer uma pilotagem confortável e de fato adaptada ao piso e condição de carga da moto. Assim a melhor configuração de suspensão pode ser selecionada para maior segurança e dirigibilidade, qualquer que seja a condição da estrada. Tudo isso sem tirar a mão do guidão porque, com o controle multi-função no punho esquerdo, se muda as opções do painel para todas as funções da eletrônica da moto, desde o sistema de som via bluetooth até a seleção de aquecimento dos bancos ou das manoplas, passando pela configuração de conforto na suspensão, carga e esportividade do motor.

Analise Técnica

Essa moto tem uma coleção de dispositivos e recursos técnicos que se destacam como grandes inovações, resultado de muitos anos de pesquisas em novas tecnologias. A BMW é o primeiro fabricante a utilizar massivamente um sistema integrado de administração veicular para motocicletas. O sistema Can Bus – um protocolo de comunicação serial que suporta em tempo real o controle distribuido e multiplexado hierarquicamente, em camadas para uso em veículos automotores. Foi desenvolvido pela Bosch e começou a ser usado nos automóveis BMW nos anos 80. Foi normatizado pela ISO (11898) em 1994 e foi introduzido nas motocicletas, inicialmente pela Ducati 999 em 2002 com um sistema de dois fios. Nas BMW R 1200 GS, desde 2004 passou a ser amplamente utilizado com um único fio. A moto deste teste conta com inúmeros sensores, chaves e componentes elétricos ou eletrônicos interconectados. Esse sistema é que permite gerenciar e integrar tanta informação para que o piloto possa, por exemplo, modificar a curva de torque do motor e a resposta do acelerador de acordo com a seleção do modo de ajuste da suspensão.


Nenhum comentário:

Postar um comentário